Níger sobe contra empresas estrangeiras confiscando equipamentos e encerrando as notícias dos escritórios

Na segunda -feira, as forças de segurança do Níger lançaram um ataque aos escritórios de “Samir”, “Kominak” e “Urano Mining Niger” na capital. NiameyOnde o equipamento foi confiscado e os locais foram fechados na frente dos funcionários.
Essa escalada está dentro da estrutura das tensões em andamento entre o grupo francês Urano, que era anteriormente conhecido como “Arva” e o governo militar nigeriano.
As relações entre os dois partidos testemunharam uma deterioração notável nos últimos meses, devido ao desejo do Níger de recuperar o controle de seus recursos naturais, especialmente o urânio, que foi extraído há muito tempo por empresas estrangeiras sem alcançar benefícios concretos para a população local.
Urano diante de muitos desafios
Esse ataque representa uma nítida escalada no conflito existente, pois o grupo Urano disse que se tornou incapaz de se comunicar com seu representante local após a intervenção das forças de segurança, o que reflete um estado de ambiguidade e confusão sobre as decisões tomadas pelas autoridades nigerianas.
Vale ressaltar que a situação exacerbou desde o final de 2024, quando Urano começou a sofrer grandes restrições em sua capacidade de seguir suas operações em NígerComo suas subsidiárias não estão mais sujeitas à sua administração direta.
O governo nigeriano também retirou a licença operacional do projeto “Imorine”, um dos sites mais importantes que foram administrados por Urano, o que acrescentou mais complexidade à situação.

Perdas significativas e repercussões econômicas
Urano enfrenta, juntamente com a perda de controle sobre as operações, outro problema é que existem cerca de 1.300 toneladas de centros de urânio brutos armazenados no local “Samir”, que é avaliado em cerca de 250 milhões de euros, o que interrompe o fluxo de receitas e aumenta a pressão sobre a empresa.
Essa crise aumentou a complexidade da situação econômica da empresa, que dependia amplamente de suas atividades no Níger.
Além disso, esses desenvolvimentos chegam em um momento em que o setor geopolítico global está testemunhando grandes mudanças, pois o regime militar no Níger procura reduzir a influência francesa no país e melhorar suas relações com outros países como Rússia E Irã.
Parece que o conflito entre Urano e Níger reflete o início de um novo estágio de como gerenciar Recursos naturais em África.
Apesar da ambiguidade do futuro, essa crise continua sendo um marco na história das relações entre países africanos e empresas ocidentais, e pode constituir um modelo para outros países que buscam melhorar sua soberania econômica e recuperar o controle de sua riqueza natural.