De 8 dias a 9 meses: como um voo planejado mantinha Sunita Williams, Butch Wilmore no espaço por 286 dias

Os astronautas da NASA, Sunita Williams e Butch Wilmore, estão retornando com segurança à Terra a bordo do Dragão da Crewx da SpaceX após uma missão de nove meses inesperadamente prolongada a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Sua jornada, que foi inicialmente planejada como um breve voo de teste de oito dias no Starliner da Boeing, foi estendido para 286 dias devido a mau funcionamento técnico que impedia a nave espacial de seu retorno.
A cápsula do dragão da tripulação carregando os dois astronautas, que não foi estampada na ISS, e deve brincar na costa da Flórida às 3:27 da manhã em 19 de março, aguardando condições climáticas favoráveis. A NASA tem monitorado de perto a missão, transmitindo os principais estágios, incluindo sem mata, a queima de Deorbit e o procedimento previsto de respingo.
Estadia prolongada
Williams e Wilmore fizeram parte do primeiro voo de teste da Boeing, com o Starliner, destinado a avaliar as capacidades da espaçonave antes que se torne parte regular do programa de tripulação comercial da NASA. No entanto, questões técnicas persistentes, incluindo falhas de propulsor e vazamentos de hélio, significavam que a NASA não podia correr o risco de trazer os astronautas de volta ao Starliner. Em vez disso, a agência espacial os integrou ao seu programa de espaço de longa duração, mantendo-os a bordo da ISS até que uma opção de retorno segura se tornasse disponível.
Para facilitar seu retorno, a NASA coordenou com a missão Crew-9 da SpaceX, que partiu da ISS após a chegada da equipe da Crew-10 em 17 de março. A transição garante a continuidade nas operações da ISS, permitindo que Williams e Wilmore concluam sua missão.
Desafios da jornada de retorno
Ao contrário da espaçonave Soyuz da Rússia, que retorna à Terra em apenas algumas horas, o dragão da tripulação da SpaceX leva aproximadamente 17 horas devido à descida gradual e requisitos de realinhamento orbital. A queima de deorbit controlada ajuda a minimizar o estresse térmico e o impacto da força G, garantindo uma reentrada mais suave e mais segura. Além disso, se as condições climáticas forem consideradas inadequadas, o dragão da tripulação tem a capacidade de permanecer em órbita por um longo período antes de tentar outro pouso.
Problemas de saúde após nove meses no espaço
Enquanto o retorno à Terra marca um marco significativo, Williams e Wilmore passarão agora extensas avaliações médicas no Johnson Space Center da NASA em Houston. A exposição prolongada à microgravidade pode causar vários problemas de saúde, incluindo:
Atrofia muscular e perda de densidade óssea, tornando os astronautas mais propensos a fraturas.
Alterações cardiovasculares, à medida que o coração se adapta aos níveis de gravidade mais baixos no espaço.
Questões de equilíbrio e coordenação, como o sistema vestibular (responsável pela orientação espacial) reajusta a gravidade da Terra.
Alterações do sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a infecções.
As equipes médicas da NASA monitorarão de perto seu processo de recuperação, estudando como as viagens espaciais prolongadas afetam a fisiologia humana para melhorar as futuras missões de longa duração, incluindo possíveis missões a Marte.
O crescente papel da SpaceX e os desafios da Boeing
O sucesso do Crew Dragon cementam ainda mais a confiabilidade da SpaceX como parceiro comercial da NASA para o voo espacial humano. A espaçonave da empresa agora se tornou um componente crítico das rotações da tripulação da ISS, com várias missões bem -sucedidas demonstrando sua segurança e eficiência.
Por outro lado, o Starliner da Boeing continua enfrentando contratempos significativos, levantando preocupações sobre sua viabilidade futura no programa de tripulação comercial da NASA. O atraso prolongado na conclusão de seu voo de teste tripulado pode afetar os planos da NASA para diversificar suas opções de voo espacial humano.