A gastroenterite infantil aumenta sua incidência durante o verão

Domingo, 6 de julho de 2025, 01:17
Com a chegada do calor e o aumento dos deslocamentos, a gastroenterite aguda se torna uma das principais causas de consulta pediátrica durante o verão. Essa patologia, altamente contagiosa e muito prevalente em crianças menores de cinco anos, pode colocar a saúde dos pequenos em risco se não for tratada a tempo.
“O verão é um momento especialmente sensível para o aparecimento das imagens de gastroenterite infantil, uma vez que o calor favorece a proliferação de microorganismos e aumenta fatores de risco, como viagens e consumo de alimentos fora de casa”, explica o Dr. José Luis Alcaraz, chefe do serviço de pediatria do Quirónsalud Murcia.
Infecções gastrointestinais em crianças podem ser causadas por vírus como norovírus, rotavírus ou adenovírus, bactérias como Escherichia coli ou salmonela e até parasitas. Essas infecções afetam a mucosa intestinal, causando sintomas como diarréia, febre, dor abdominal, vômito e desconforto geral.
Na maioria dos casos, essas são infecções auto -limitadas que se referem em alguns dias. “No entanto”, diz o Dr. Alcaraz à Europa Press, “em bebês, crianças com doenças anteriores ou em casos de sintomas intensos e persistentes, pode ser necessário ir ao hospital”.
A principal via de transmissão é o orais fecal, seja através de alimentos contaminados ou consumo de água ou por contato direto entre as pessoas. Ambientes de férias, mudanças na rotina de higiene e exposição a novos microorganismos durante viagens podem aumentar significativamente o risco de infecção.
“A lavagem das mãos, a manutenção correta da cadeia de frio e a higiene alimentar são essenciais para evitar a transmissão”, diz o chefe do serviço de pediatria do Hospital Quirónsalud Murcia.
Como curar
O tratamento da gastroenterite infantil é baseado principalmente na reidratação oral, para compensar a perda de líquidos e eletrólitos. “Não é aconselhável substituir os soros de reidratação por bebidas esportivas, refrigerantes ou sucos, cuja composição não é adaptada às necessidades da criança doente”, diz o Dr. Alcaraz.
“Nos casos em que não é possível manter a hidratação oral, a hospitalização pode ser necessária para substituir líquidos por via intravenosa”, diz o especialista.
Dependendo da evolução, o uso de probióticos é indicado para reduzir a duração da tabela ou tratamentos adjuvantes. “Os antibióticos são indicados apenas em casos específicos de diarréia bacteriana diagnosticada e nunca devem ser administrados sem receita médica, pois a situação pode piorar”, diz o pediatra.
Embora muitos casos de gastroenterite sejam resolvidos sem complicações, o Dr. Alcaraz recomenda ir a emergências pediátricas no caso de presença de diarréia muito abundante ou sanguínea, vômitos persistentes que evitam a hidratação adequada, a decaimento, a letargia ou a irritabilidade na criança, a febre alta, a febre muito intensa, a dor abdominal ou a lethargia.