Os pesquisadores da CIC participam de um projeto para detectar antecipadamente o risco de leucemia infantil

O grupo de pesquisa liderado por Isidro Sánchez García, do Centro de Pesquisa do Câncer (USC-USAL), faz parte de um consórcio internacional que busca revolucionar a prevenção e tratamento da leucemia infantil.
A leucemia B aguda linfoblástica das células B é o câncer pediátrico mais frequente e, embora os tratamentos atuais tenham melhorado significativamente a sobrevida, ainda existem necessidades médicas não cobertas. Um dos maiores desafios é identificar aquelas crianças que carregam clones preleuzêmicos que, em uma pequena porcentagem, desenvolverão a doença e poderão interceptar o processo antes que ocorra a transformação do mal.
No contexto do projeto ‘Procurando biomarcadores epigenéticos para identificar crianças em risco de desenvolver leucemia’, a epigenética é essencial para entender por que algumas crianças com predisposição genética para a leucemia finalmente desenvolvem a doença e outras não.
A epigenética é um ramo da biologia que estuda como certos fatores podem modificar a atividade de nossos genes sem alterar a sequência de DNA. Ou seja, embora o ‘texto’ de nossos genes não mude, a epigenética regula quais genes são ativados ou desativados o tempo todo e em cada célula. Essas modificações podem ser influenciadas por fatores internos da célula e do meio ambiente (como alimentos, estresse, infecções ou exposição a poluentes ambientais). Portanto, a epigenética atua como um ‘interruptor’ que regula a expressão de genes e pode contribuir para a prevenção e o desenvolvimento do câncer. Se esses mecanismos forem entendidos, permitirá identificar biomarcadores epigenéticos que ajudam a prever o risco de leucemia e, no futuro, desenvolver estratégias para impedir a doença antes que ela apareça.
A reação investiga como as modificações epigenéticas, tanto nas células sanguíneas quanto no ambiente da medula óssea, podem marcar o início do processo leucêmico. Além disso, é analisado como os fatores ambientais podem alterar esse equilíbrio e favorecer a transformação de células pré -leucêmicas em células cancerígenas.
Objetivos do projeto
O principal objetivo da pesquisa é identificar biomarcadores epigenéticos que permitem detectar clones pré -alucêmicos em risco de desenvolver leucemia. Nesse contexto, o projeto visa entender os mecanismos epigenéticos que regulam a transição de uma célula pré -leucêmica para uma célula leucêmica. Especificamente, fatores intrínsecos serão abordados, como alterações na própria célula, que afetam a acessibilidade da atividade do DNA e do gene e extrínsecos, como a influência do microambiente e outros fatores ambientais (fatores imunológicos, poluentes ambientais e interações celulares). Em resumo, a reação procura identificar empresas epigenéticas associadas à transformação pré -alucêmica, validar esses biomarcadores em amostras de pacientes pediátricos e desenvolver estratégias de intervenção com base em medicamentos epigenéticos para impedir a progressão da doença.
A metodologia desenvolvida possui uma abordagem inovadora, abordagens experimentais e computacionais (ferramentas de bioinformática) serão integradas, combinando modelos animais (ratos) que reproduzem fielmente o desenvolvimento de leucemia infantil, com a análise de amostras humanas (uma coorte de mais de 200 amostras) de hospitais de referência em tecnologias ímicas e avançadas.
Impacto científico e social
«O projeto de reação- aponta Isidro Sánchez-García, pesquisador principal do Centro de Pesquisa do Câncer- representa uma mudança de paradigma na abordagem da leucemia infantil, propondo uma estratégia preventiva baseada na detecção precoce e na intervenção precoce. Graças à identificação de biomarcadores epigenéticos, as crianças podem ser identificadas com o maior risco de desenvolver leucemia e, assim, abre a possibilidade de intervir antes que a doença se manifesta clinicamente. Além disso, a prevenção da leucemia evita a exposição das crianças a tratamentos quimioterapêuticos agressivos e seus efeitos colaterais de longo prazo ». As descobertas do projeto podem se estender a outros tipos de câncer e doenças sanguíneas, abrindo novos caminhos de pesquisa e tratamento.
Equipamento e ligue
O projeto é coordenado pela Dra. Julie Lessard (Universidade de Montreal, Canadá) e tem a participação de proeminentes centros de pesquisa da França (CRCL, Lyon; CRCT, Toulouse), Israel (Universidade Tel Aviv) e Spain the Spanish, liderados pelo Dr. Isidro Sánchez-García, ou na Niñone Jesús, liderados pelo Dr. Isidro-Sánchez-García, Ina Eximes (Niñone Jesús, liderados pelo Dr. Isidro Sánchez-García, ou na Niñone Jesús. Amostras de pacientes e desenvolvimento de ferramentas computacionais para integração e modelagem de dados.
O consórcio está comprometido com a gestão responsável dos dados (princípios justos: encontráveis, acessíveis, interoperáveis, reutilizáveis) e com a disseminação aberta de resultados científicos. A publicação das descobertas em revistas de alto impacto, a apresentação em congressos internacionais e comunicação à sociedade por meio de campanhas de disseminação e participação em eventos científicos é esperado.
A TransCan-3 é uma iniciativa européia de financiamento de pesquisa de câncer, gerenciada como uma rede colaborativa internacional (ERA-NET) que coordena programas de pesquisa translacional nacional e regional em oncologia. Seu principal objetivo é promover a cooperação transnacional entre as equipes científicas de diferentes países, permitindo abordar os principais desafios do câncer do diagnóstico precoce ao tratamento, com uma abordagem para a pesquisa translacional e a melhoria da qualidade e impacto dos resultados obtidos. A iniciativa busca maximizar a eficiência dos recursos disponíveis, evitar a duplicação de esforços e acelerar a transferência de achados científicos para a prática clínica, envolvendo pesquisadores, médicos, pacientes e outros atores relevantes no processo de pesquisa translacional.
Essa rede é co -financiada pela União Europeia no programa Marco Horizon 2020 (H2020) e tem a participação de múltiplas agências e fundações de financiamento de mais de 15 países, incluindo Espanha, França, Canadá, Israel e outros. O TransCan-3 organiza pedidos conjuntos de propostas de pesquisa.