Artistas belgas: não queremos criar nossos filhos em um mundo onde outros morrem arte

28/7/2025–|Última atualização: 01:24 (hora da Meca)
A comunidade artística e cultural na Bélgica está testemunhando uma interação crescente com a situação humanitária na faixa de Gaza, onde há cerca de dois meses, a iniciativa “Save Gaza” foi lançada a partir de “um profundo senso de responsabilidade” em relação ao que está acontecendo na faixa. A iniciativa procura entregar as vozes dos cidadãos que exigem justiça, diante do que os responsáveis por ela consideram uma ignorância oficial perturbadora em nível europeu.
A atriz belga Catherine de Rushar, a instituição de iniciativa, confirmou em sua entrevista com “Al -Jazeera Net” que o objetivo da campanha é ampliar as vozes de indivíduos que condenam os massacres e violações, na tentativa de quebrar o argumento de governos repetidos como “ela não pode fazer nada”, enfatizando que a equipe pode fazer uma diferença real.
Os esforços da iniciativa se expandiram para incluir o aspecto legal, pois declarou seu apoio ao processo movido pela organização “Direito para Gaza” contra o governo belga, sob acusações de conluio e inação na prevenção do genocídio. Esta etapa visa responsabilizar as autoridades pelo que os organizadores descrevem como “silêncio vergonhoso” em frente a uma catástrofe humanitária sem precedentes.
No que diz respeito à deterioração da situação humanitária, De Rushar disse: “As crianças de Gaza estão morrendo de fome em frente ao mundo, enquanto qualquer reação internacional real ao uso da fome como arma de guerra está ausente”. Ela afirmou sua recusa em criar seus filhos em um mundo que permite tais atrocidades sem responsabilidade ou intervenção eficaz, alertando que tolerar o que está acontecendo em Gaza “empurra a humanidade em relação ao abismo”.
Ela enfatizou que a iniciativa continuará a elevar sua voz diante da injustiça, não apenas em Gaza, mas em qualquer lugar onde uma pessoa seja esmagada, enfatizando que o silêncio nesses crimes faz do mundo um parceiro em sua continuação.
No mesmo contexto, o jovem ator belga Cuba Deby (20 anos) pediu a superação de abordagens políticas para analisar o que está acontecendo na faixa de Gaza, considerando que a situação exige uma “resposta humanitária imediata” por artistas e figuras públicas.
Deby disse que o que está acontecendo em Gaza “excede o ponto que pode ser considerado apenas uma questão política”, observando que a queda das vítimas de inocentes e crianças devido à fome torna necessário lidar com a questão de uma pura perspectiva humana.
Ele acrescentou que o que o leva a falar sobre Gaza não é sua afiliação com a arte, mas seu profundo senso de sua responsabilidade como ser humano, enfatizando que continuando a esclarecer esse problema “é o mínimo que pode ser feito”, expressando sua esperança de que isso inspire outras pessoas a se juntarem a essas vozes para que não seja possível ignorá -las, seja por pessoas ou políticos.
Falando do papel da arte na mudança social, Deby explicou que artistas e figuras públicas desfrutam de uma grande capacidade de alcançar um amplo público, que os responsabiliza por usar essa plataforma para aumentar a conscientização sobre a justiça e as questões de dignidade humana. Apesar de seu reconhecimento de que sua influência como jovem ator ainda é limitada, ele expressou sua esperança de que sua participação no envolvimento de mais pessoas contribua para aumentar a voz, dizendo: “Chega”, enfatizando que enfrentar essa crise moral requer uma solidariedade internacional real e uma vontade humana coletiva para interromper o sofrimento.



