O Banco Mundial mantém a previsão de crescimento da Índia em 6,3% em meio a desafios globais

O Banco Mundial confirmou sua previsão para o crescimento do PIB da Índia em 6,3% para o ano fiscal de 2026, conforme descrito em seu mais recente relatório global de perspectivas econômicas. Essa decisão ocorre em meio a crescentes barreiras comerciais globais e demandas de exportação mais fracas devido à atividade reduzida entre os principais parceiros comerciais.
Apesar desses obstáculos, a Índia deve manter sua posição como a grande economia que mais cresce em todo o mundo. O relatório destaca que a resiliência econômica da Índia é uma prova de sua demanda doméstica robusta e políticas econômicas estratégicas, que ajudaram a amortecer o impacto das incertezas globais.
A ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, em seu orçamento para o EF26, anunciou uma mudança estratégica nas metas fiscais, movendo-se em direção a uma relação dívida / PIB como a âncora fiscal. O governo pretende diminuir essa proporção para 50% no EF31, com um desvio percentual de um ponto percentual permitido. Esse movimento faz parte de um esforço mais amplo para garantir a consolidação fiscal e aumentar a estabilidade econômica. A mudança reflete uma visão de longo prazo para manter a disciplina fiscal, apoiando iniciativas de crescimento em vários setores.
A previsão inalterada do Banco Mundial ressalta a resiliência econômica da Índia, apesar de uma ligeira moderação em crescimento para 6,5% no EF25, conforme relatado pelo Escritório Nacional de Estatística (NSO). O relatório destaca o crescimento constante nos setores de construção e serviços da Índia, apoiados por uma recuperação na produção agrícola de condições de seca anteriores e demanda rural resiliente. Esses setores têm sido fundamentais para sustentar o momento econômico, contribuindo significativamente para a criação de empregos e a geração de renda nas áreas rurais.
No entanto, o Banco Mundial sinalizou vários riscos para o sul da Ásia, incluindo possíveis barreiras comerciais de grandes parceiros e aumento da incerteza da política comercial global.
O relatório afirmou: “A inflação global superior do esperado e um declínio no apetite de risco pode levar a um aperto das condições financeiras globais, enfraquecendo potencialmente as moedas na região e causando saídas de capital”. Esses fatores apresentam desafios para manter a estabilidade econômica.
O relatório sugeriu que medidas proativas e ajustes de políticas são essenciais para navegar com efetivamente desses desafios.
O relatório também enfatizou a necessidade de desenvolver economias para buscar parcerias estratégicas de comércio e investimento, sugerindo que uma liberalização mais ampla do comércio por meio de acordos regionais poderia mitigar alguns riscos.
O Banco Mundial projetou o crescimento global para diminuir para 2,3% em 2025, o mais fraco em 17 anos, excluindo recessões, mas menciona que a mitigação das tensões comerciais pode levar a uma recuperação mais rápida do que o previsto atualmente. Isso ressalta a importância da cooperação e diálogo internacional para promover um ambiente econômico estável.
Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente ajustou sua previsão de crescimento para a Índia em até 6,2% para o EF26, destacando tensões comerciais crescentes e incerteza econômica global como fatores contribuintes. No entanto, o Banco Mundial permanece otimista sobre a trajetória de crescimento da Índia, reforçando sua projeção de que “a Índia manteria a taxa de crescimento mais rápida entre as maiores economias do mundo, com 6,3 % no EF26”. Esse otimismo está fundamentado nas reformas e investimentos em andamento da Índia em infraestrutura e tecnologia, que devem impulsionar o crescimento futuro.