Teresa Arsuaga | Advogado: “Que eles te dão motivo pode levá -lo a arruinar sua vida”

Os conflitos geralmente surgem da necessidade de serem ouvidos e a sensação de insignificância leva à excedência, o que torna mais difícil … Acordos de alcance. Teresa Arsuaga (Madri, 1971) é médica, especialista em questões familiares e mestrado em mediação, negociação e resolução de conflitos. Oito anos atrás, ele fundou a AEC Mediation e acabou de publicar ‘Eu te vejo, eu ouço você, reconheço você’ (ed. Arpa), em torno dessa edição. Uma questão mais relevante, mesmo para a entrada em vigor, há um mês, da Lei de Eficiência da Justiça, que força a demonstrar que o conflito foi tentado através de alguma forma de mediação ou conciliação antes de ir a tribunal. Há quatro anos, ele publicou ‘No Dramatices’, uma coleção de histórias nas quais esse mesmo tema foi abordado, mas de um ponto de vista mais narrativo e literário. Não em vão, sua tese de doutorado girou em torno de estudos sobre leis e literatura. Já naquelas histórias, ele se referiu à falta de coincidência que geralmente é dada entre os fatos que estão na superfície do conflito e as emoções que se escondem para trás.
– À medida que os direitos aumentam, os atritos crescem em seu exercício. O conflito é inerente ao reconhecimento de mais direitos?
– Não deve ser assim se esses direitos forem bem gerenciados e há consciência deles. Veja o que acontece, por exemplo, em uma comunidade de vizinhos: existe o direito de ouvir música e o direito de descansar. É necessário alcançar acordos e harmonizar o que eles levantam. Isso levaria a menos confronto e mais colaboração, para chegar a acordos antes de lutar. Normalmente, dito este exemplo: duas pessoas estabelecem uma ação judicial para algumas laranjas. Se você investigar um pouco o interesse, pode -se descobrir que um deles os ama por suco e outro na pele, porque ele o usa para a massa. Nem sempre é tão claro, mas um exame mais profundo às vezes leva a descobrir que é possível corrigir o problema sem ir à justiça. Não é feito, e é por isso que os tribunais estão cada vez mais saturados.
– Quando ele vai a tribunal, alguém vence e alguém perde, o que é ruim se o relacionamento entre as partes deve continuar. Mas queremos ganhar, nos dê o motivo.
– Temos a atitude natural de estar em posse da razão. Em um julgamento, há ataque e defesa. Então a lei possui uma solução padrão que nem sempre se adapta ao que interessa às partes. É por isso que acho melhor pensar nos interesses, porque isso nos leva a considerar o futuro e nossos relacionamentos nele. Queremos vencer porque nos referimos às queixas do passado. Mas considere um divórcio: pode não ser o que mais nos interessa se quisermos viver calmo.
Posição superioridade
– É essa idéia de jurisdição e o ovo. Muitos não se importam com o ovo e também com a jurisdição. Que eles estão certos, mesmo que ganhem mais alguma coisa com isso.
– Que eles lhe dão o motivo, podem levar a arruinar sua vida. Às vezes, nem sabemos por que queremos o que pedimos. Podemos simplesmente querer reconhecimento. E a razão coloca você em posição de superioridade. Outra coisa é que isso é útil.
Posição de negociação
“Com arrogância, você tem muito pouco”
– Você denuncia a superação que ocorre em qualquer conflito. Parece um peixe que morde a cauda: como eu sei, a outra parte vai pedir muito, para que o ponto de encontro não esteja mais próximo de sua posição real.
– Isso acontece porque não entramos em uma verdadeira cultura de negociação. O que marca isso é se houver continuidade no relacionamento com a outra parte. Você pode tentar fazer com que o máximo seja muito exigente e competitivo se não houver mais relacionamento mais tarde. Mas, como eu disse antes, devemos sempre ver quais são os interesses. E às vezes mostrar sua vulnerabilidade faz você ir além. Com arrogância, você fica muito pouco.
– Por que existe uma tendência a ameaçar participar dos tribunais que aparece um conflito?
– Queremos sobrecarregar com essa ameaça, embora provavelmente, se você aceitar, é que você define uma roda de julgamentos que consumirão muita energia. Mas fazemos isso porque acreditamos que nossa imagem foi danificada pelo que alguém disse. Vivemos em uma sociedade muito suscetível porque temos um ego muito grande.
– diz no livro que alguns conflitos não são resolvidos porque não há desejo verdadeiro de fazê -lo.
– As partes às vezes não têm interesse em chegar a acordos, porque o que está por trás do conflito é outra coisa, outro problema. Por exemplo, a necessidade de atenção e reconhecimento. Reconhecimento do esforço da outra parte e os danos causados. Além das falhas, essa suposição do dano causada é relevante. O perdão às vezes é suspeito. É melhor ouvir generosamente, estar interessado no que o outro sente e não defender ou atacar.
– O melhor, mesmo que você esteja convencido de estar certo, é dar uma saída para a outra parte, não sobrecarregá -la?
– Claro, e é isso que um mediador faz. O pior é que uma parte parece encurralada, porque então uma solução não é alcançada. Você tem que resgatar algo positivo do vivido; Dessa forma, é alcançado que a outra parte confia. Eu sempre recomendo não forçar a expressividade. As coisas podem ser ditas atacando … ou dando uma saída.
– E o que acontece quando, durante a negociação, as partes são radicalizadas e até vão além de suas próprias convicções?
– O conflito tem uma parte interpretativa muito poderosa. Freqüentemente, cada gesto da outra parte é interpretado hostil e isso apenas alimenta a história de cada uma. Até os gestos claramente positivos são questionados. Se você acha que alguém é egoísta, apenas analisa os detalhes que apóiam essa consideração. Isso torna as coisas difíceis.
Frustração
“É difícil para a realidade cumprir o que você acha que merece”
– Geralmente fala sobre a desumanização que um conflito implica. Ocorre em todas as áreas: os treinadores esportivos geralmente não se referem às equipes com quem competem pelo nome. Eles são seus ‘rivais’.
– No campo esportivo, você ainda pode entender porque a humanização suaviza, gera empatia. Na política, o oponente tende a ser desumanizado a ganhar adertos à sua causa. Reconheça o outro, veja sua fraqueza, não se adapta à concorrência. E a política se tornou isso. Nas comunidades do bairro, há uma tendência à demonização uma da outra. Pelo contrário, conhecendo outras características desses mesmos vizinhos além do conflito que temos, é como você pode começar a falar.
– Isso requer se livrar de muitos clichês.
– É que, em um conflito, os fatos dão o mesmo. O importante é a interpretação feita deles. E por trás de cada interpretação que fazemos, há uma imagem de nós mesmos e isso nos dá segurança.
– Diante da colaboração que fala um grande senso de competitividade que se move para nossos jovens desde muito cedo.
– Essa competitividade tem algo de bom: esforço. O problema é enfatizar muito; Você também tem que olhar para outras coisas. Isso nos leva a uma sociedade invejosa porque você compara o tempo todo com o resto, o que acaba sendo conflitante. Teríamos que promover e recompensar a colaboração. Em alguma competitividade, há muito empobrecimento e inveja.
– A vingança é uma reação para impedir que os danos sofridos por alguém de passar despercebidos, explica ele. Ou seja, quem machuca outro está semeando conflitos futuros.
– A vingança é uma maneira de reverter o sentimento de inferioridade. O mais complexo é o que vem do ressentimento. Você o cozinha e surge na forma de vingança, o que lhe dá poder. O ódio faz as pessoas se sentirem poderosas.
– O ressentimento está na base de algumas idéias de idéias?
– Não falo de ressentimento político, o que pode ser compreensível. Falo daquele que surge em condições de igualdade, onde você não pode culpar mais ninguém. É esse sentimento de sentir menos, que certamente poderia se qualificar em sociedades menos competitivas. É demonstrado que a falta de atenção ou reconhecimento em tenra idade reverte em pessoas muito conflitantes.
Fundo falso
“Às vezes as partes não querem chegar a acordos porque o que está por trás do conflito é outro problema”
– O fim ressentido é violento?
– Não exerce violência, mas é capaz de respirar os outros odeiam, para que o prejudiquem.
Mérito e ressentimento
– isto é, esse ressentimento surge porque achamos que alcançamos menos do que merecemos, em comparação com outros, a quem atribuímos pequenos méritos e esforços.
– e também é muito fácil para tudo ser uma miragem. Merecer é estar ciente de nossa dignidade e há grupos nos quais ela não é completamente alcançada. Vivemos em uma sociedade onde em nenhum lugar nada nos parece suficiente: se formos a uma consulta médica, acreditamos que eles não nos tratam bem ou se queremos comprar algo em uma loja ou se formos a um escritório de administração. É difícil para a realidade cumprir o que você acha que merece.
– Isso acontece porque temos um conceito magnífico de nós mesmos?
– Tem a ver com essa cultura de defesa de direitos, que é muito boa e foi necessária, mas você tem que dar outro passo. Merecer também é uma atitude passiva e facilmente o vitima. É verdade, temos um bom conceito de nós mesmos, mas ele cai facilmente e depois superamos. É bom tê -lo, mas isso não gera conflitos, o que ocorre porque muita ênfase foi colocada nele.
Sentimentos
“O ódio faz as pessoas se sentirem poderosas”
– Ele propõe que devemos aceitar sem dramas, mesmo com humor, que somos fracos e ignorantes, como os outros. Mas uma figura muito admirada é a de ‘alfa masculino’, e ninguém reconhece sua fraqueza.
– É puramente cultural. Se fôssemos ridículos quem tem essa atitude, tudo mudaria. A grandeza é ver que somos fracos. Os mais arrogantes são pessoas fracas que estão superando.
– Aquele velho ditado que um complexo de inferioridade é geralmente oculto após um complexo de superioridade.
– aí está. Pessoas com menos complexas não precisam concordar. A consciência de nossa fraqueza é o que nos faz colaborar. Se você acha que sabe tudo, que domina tudo, essa colaboração não é possível. Você precisa conhecer vulneráveis, porque somos, e saber como pedir ajuda.